Considerado o primeiro filme de vampiros da história do cinema, Londres Depois da Meia-Noite é um marco cinematográfico, que estabeleceu muitas das convenções que hoje associamos a este tipo de filmes. Parte do que caracteriza um vampiro (como os dentes e os olhos pesados) e que o cinema perpectuou, deve-se a Londres Depois da Meia-Noite, mais concretamente a Lon Chaney. Para além de excelente actor, Chaney era um eximio caracterizador (num tipíco exemplo do passado teatral de muitos actores na época do mudo) e foi ele que inventou as caracteristicas do vampiro.
Londres Depois da Meia-Noite foi um sucesso de bilheteira, tendo arrecadado cerca de 500 mil dólares de receitas e revelou-se a mais frutuosa das dezenas de colaborações entre Tod Browning e Lon Chaney. Em 1935, Browning realiza o remake The Mark of the Vampire, com Bela Lugosi como protagonista, que é uma cópia literal do original, a que foram acrescentados dois ou três novos “ingredientes”, de forma a aproveitar o sucesso que o género respirava na época.
Na década de 1960, um incêndio num dos armazens da Metro-Goldwyn-Mayer terá destruido as únicas cópias existentes de Londres Depois da Meia-Noite e o filme está dado como desaparecido, sendo um dos mais procurados pelos amantes do cinema. No entanto, em 2002, o arquivista Rick Schmidlin conseguiu restituir o filme com base em 200 fotografias e num argumento de continuidade completo que sobreviveram, criando, não um filme, mas uma apresentação com música.
London After Midnight Metro-Goldwyn-Mayer, Estados Unidos, 1927, 40 min., terror. Realizador: Tod Browning. Argumento: Waldemar Young, Joseph Farnham e Tod Browning, baseado na história The Hypnotist. Actores: Lon Chaney, Marceline Day, Henry B. Walthall, Percy Williams, Conrad Nagel
Passados cinco anos após a morte de Sir James Hamlin, o inspector Burke continua a investigar o seu aparente suicidio, cujos suspeitos são vampiros.
The End